segunda-feira, 2 de junho de 2014

3ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

       Às Comissões Organizadoras Regionais,

     A Comissão Organizadora Estadual vem por meio deste solicitar que as Comissões Regionais enviem  até o dia 04 de junho de 2014 à SETRAB os nomes dos suplentes que irão substituir os delegados titulares para a participação da III Conferência Estadual de Economia Solidária, a qual acontecerá nos dias 10 e 11 de junho do corrente, no hotel  Intercontinental Rio, o qual está localizado na av Prefeito Mendes de Moraes, 222. São Conrado.


    Quanto à escolha dos observadores e convidados, informamos que terão prioridade os membros das Comissões Regionais que não saíram como delegados. Porém, salientamos que os mesmos terão que arcar com os custo de hospedagem, visto que os leitos do hotel serão custeados tão-somente para os delegados. Nesse sentido, as Comissões Regionais deverão  realizar um estudo de quem das Comissões Regionais não saíram  como delegados e enviar os nomes destes à SETRAB até o dia 04 de junho de 2014.  

    Por fim, solicitamos também que as respectivas Comissões articulem em suas localidades o meio de transporte para trazer os delegados e convidados de sua região até o local do evento, visto que tal serviço não será providenciado pela Comissão Organizadora Estadual.

   Qualquer dúvidas, estou à disposição nos contatos que seguem abaixo.


 Juliana Cavalcanti
Membros da COE do Estado do Rio de Janeiro
SES da SRTE/RJ

tel.: 021-22109358


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CONVOCAÇÃO AOS DELEGADOS
III CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA/RJ
Convocamos todos os delegados eleitos nas etapas regionais, para participarem da III Conferência Estadual de Economia Solidária, que será realizada nos dias 10 e 11 de junho de 2014, no Hotel Royal Tulip (antigo continental), na Av Aquarela do Brasil – 75 – São Conrado - Rio de Janeiro.

Pedimos as comissões organizadoras regionais que enviem até o dia 04 de junho, possíveis trocas dos delegados titulares por seus suplentes.

Posteriormente encaminharemos os demais dados referentes à conferência.

Com muita luta e Juntos vencemos mais uma batalha vamos agora construir um grande plano de Economia Solidária para o nosso Estado!

Peço fazer todos o contato pelo email : economiasolidariarj@gmail.com




RICARDO ALVES DE OLIVEIRA
SUPERINTENDENTE / SETRAB
PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA III CONAES



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segunda-feira, 26 de maio de 2014

III CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

COMUNICADO COE/RJ

AOS GESTORES DAS COMISSÕES REGIONAIS 

Comunico que a III Conferência Estadual de Economia Solidária, não será realizada no mês de maio, tendo em vista as dificuldades operacionais e logísticas.

Estamos fazendo todos os esforços para que a mesma seja realizada no início do mês seguinte, tendo como data indicada, os dias 10 e 11 de Junho de 2014.

Em função do evento ‘COPA DO MUNDO’, estamos tendo algumas dificuldades para realização da nossa Conferência, como: encontrar locais disponíveis à sua realização, a hospedagem, as parcerias e os incentivos financeiros; bem como a mudança de gestão na Casa Civil do Governo que ocorreu em abril deste ano.

Na próxima semana, enviaremos todas as informações necessárias, sobre a Conferência.

Fiquem certos que estamos fazendo tudo para que tenhamos a maior Conferência Estadual de Economia Solidária, valorizando a infraestrutura e as condições devidas; para que possamos debater todas as propostas, a fim de construirmos um grande Plano Estadual de Economia Solidária.

Contatos:


Tels: 21 2332-6882 / 2332-6823 

Saudações solidárias

RICARDO ALVES DE OLIVEIRA
SUPERINTENDENTE
Presidente da Comissão Organizadora da
III Conferência Estadual de Economia Solidária



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terça-feira, 25 de março de 2014

Conferência Estadual de Economia Solidária em Maio


Após a realização das Conferências Regionais, o município do Rio vai sediar em maio de 2014, a III Conferência Estadual de Economia Solidária, que terá como tema “Construindo um Plano Estadual da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”. O evento será fundamental para elaborar um plano estadual de economia solidária. A Conferência será ainda um ponto de partida para o plano nacional de economia solidária, que será debatido na III Conferência Nacional de Economia Solidária, em Brasília, no período de 26 a 29 de novembro de 2014.

Informamos a todos os interessados que a Secretaria de Estado de Trabalho e Renda ainda não divulgou a data oficial da Conferência.

Atualizado em 08/05/2014.

quarta-feira, 19 de março de 2014

2º Dia de Conferência

Em seu segundo dia, a I Conferência Regional de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense (1ª Cores), realizada esta semana em Campos dos Goytacazes, reuniu representatividades governamentais, legislativas, da área tecnológica, movimentos populares, ongs e outros segmentos da sociedade civil de 20 municípios do interior do Estado do Rio de Janeiro. Participaram dos trabalhos realizados no auditório do SEST-SENAT 230 pessoas. 

Vinte propostas de ações foram aprovadas em plenária, para serem implantadas em nível regional. Destas, 10 serão levadas à conferência estadual, com o objetivo de chegarem à terceira edição da Conferência Nacional de Economia Solidária (III Conaes), em novembro, e serem adotadas como políticas públicas para a área. A partir dessas propostas, o município deve criar seu Plano Local de Economia Solidária. (Clique e confira as propostas)

Palestrante final da I Cores, Joaquim Melo é o fundador do primeiro banco comunitário do Brasil, o Banco de Palmas. Em sua exposição, ele apresentou as experiências de economia solidária que transformaram a vida de moradores e geraram desenvolvimento para Palmeiras, em Fortaleza (CE), conjunto habitacional criado 1973 e que, até a década de 90, era um dos maiores bolsões de pobreza do Nordeste e do país. 



“Para alavancar o turismo, a Prefeitura de Fortaleza municipal despejou um monte de pessoas que moravam à beira-mar, a maioria pescadores, e levou para um conjunto habitacional num matagal, perto do rio Cocó, criando a favela Palmeiras. Pra lá foram levadas pessoas de várias favelas, quase todos catadores de lixo, e não havia nenhuma infraestrutura de água, luz, ruas; nada. Pelo nome do rio, já se sabe que num dava pra pescar. Se alguém já ouviu falar da ‘operação saquinho’, sabe como o povo fazia suas necessidades, porque não tinha banheiro. Os moradores montaram uma associação e foram urbanizando Palmeiras, em mutirões e isso ficou se ajeitando em uns 20 anos. Aí, veio conta de água, luz, IPTU e o povo não tinha dinheiro pra pagar”, narrou Joaquim, mostrando imagens do local na época. 

Joaquim era seminarista e fazia um trabalho social em Palmeiras. Ele criou a associação de moradores e, em uma época em que não se falava de economia solidária e não havia microcrédito, fundou o Banco de Palmas. “Eu num conseguia aceitar porque que o povo era tão pobre, num entendia porque tanta pobreza. Descobrimos que o povo gastava todo dinheiro que recebia em outros bairros. Aí pegamos dinheiro emprestado e abrimos o Banco de Palmas. A gente emprestava para o povo produzir e consumir só em Palmeiras. Em três anos de funcionamento, numa favela bem pequena, o Banco Central mandou prender a gente, porque não podia aquela coisa de banco solidário. Mas ganhamos todos os processos, criamos a moeda social, a Palma, que tem o mesmo valor da moeda nacional, hoje o Real. Fomos aceitos pelo Banco Central e hoje todo mundo diz que banco solidário é importante para a inclusão social”, declarou. 

Coordenador geral do Banco de Palmas, Joaquim concluiu o seminário, mas desistiu da ideia de ser padre, decidindo ir morar em Palmeiras e casando com uma pessoa da comunidade, Sandra Magalhães, reconhecida nacional e internacionalmente como referência em finanças solidárias. Sandra faleceu ano passado. Símbolo da Economia Solidária, considerado um grande empreendedor social, Joaquim Melo também apresentou a realidade atual da antiga favela de Fortaleza. 

“A Palma é o moeda que circula em Palmeiras e é usada por quem produz e quem consome. Gosto de contar o exemplo de Elias, que sabia produzir material de limpeza. Virou empresário. Temos todos os tipos de negócios solidário em Palmeiras, através do Instituto Palmas. Temos escola popular; propaganda na TV lembrando o povo “compre no bairro, compre no bairro”; temos a Palminha, moeda usada pelas crianças, para incentivar a finança e consumo solidário; temos a Palmas Microseguro; a Palmas Fashion, grife com coleção anual apresentada na Palmas Fashion Week.; a PalmaTur, com pousada; PalmasLab, laboratório de inovação. O Instituto Palmas lançou o Banco da Periferia e, hoje são 20 agências funcionando em bairros periféricos de Fortaleza, com previsão de mais 20 até o ano que vem. Estamos orgulhosos com o Projeto Elas, de inclusão produtiva, que criou a Associação Nacional de Mulheres Beneficiárias do Bolsa Família, a Emancipadas. Dizem que banco comunitário, banco social é importante para acabar com a pobreza. Eu acho que economia solidária é importante para não acabarem com o planeta”, concluiu.

Por Verônica Nascimento 

terça-feira, 18 de março de 2014

Diretor da Secretaria Nacional de Economia Solidária na 1ª Cores

Diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, Valmor Schiochet foi responsável pela palestra de abertura de I Cores nesta segunda-feira (17). Ele lembrou que Economia Solidária é um tema novo na política brasileira, tendo ganhado importância nos últimos 20 anos. Para destacar a necessidade do movimento como ferramenta para romper as condições de desigualdade do povo brasileiro, o diretor alertou que “sem a organização da economia solidária, em breve veremos no Brasil uma realidade verificada na Europa, com 50% dos jovens desempregados”.

- Certamente temos, no Norte e Noroeste Fluminense, associação de pescadores, agricultores artesanais, grupos de artesãs, de catadores de recicláveis. São trabalhadores que não se dão conta de que fazem economia solidária. Se o que fazemos é resultado de uma decisão coletiva, se o grupo define o quê produzir, como comercializar, como direcionar o produto, como obter crédito, a forma de adquirir a matéria-prima, quem fica responsável por cada parte; isso é economia solidária. O que precisamos é criar mecanismos que permitam a organização dos trabalhadores e trabalhadoras, precisamos de um projeto nacional de políticas públicas de economia social, mas que seja pensado a partir da comunidade, da região em que vivemos – falou.

Abertura da 1ª Conferência Regional de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense

Representado a prefeita Rosinha Garotinho,  o vice-prefeito de Campos,  Doutor Chicão, abriu a I Conferência Regional de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense (l Cores) nesta segunda feira (17), no Teatro Municipal Trianon, com representantes do Executivo, Legislativo, universidades, grupos produtivos, movimentos sociais de 20 municípios das duas regiões. Entre as autoridades que compuseram a mesa de abertura,  o prefeito de São Francisco  de Itabapoana,  Pedro Cherene,  os municípios da Região Norte e a secretária de Ação Social de Italva, Cristina Rios, os do Noroeste.
 
Também participaram o presidente da Câmara de Vereadores de Campos,  Edson Batista, o secretário da Família e Assistência Social,  Geraldo Venâncio,  e o representante do Ministério do Trabalho e Emprego,  o diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia  Solidária,  Valmor Schiochet. O diretor apresentou a palestra master da Cores, traçando história da Economia  Solidária enquanto política pública, destacando a necessidade da construção de um plano regional.

Houve apresentações culturais de Jongo e Folia de Reis e a conferência foi finalizada com uma palestra da coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, Irmã Lourdes Dill, que exibiu o video "Cidade Solidária", com os principais princípios da economia solidária. A religiosa de Santa Maria, Rio Grande do Sul, é  primeira conferencista desta terça (18), no Sest/Senat.

Por Verônica Nascimento




quinta-feira, 6 de março de 2014


“Com a difusão da democracia como modelo de normalidade política, a economia solidária torna-se cada vez mais atraente para os que almejam igualdade para suas comunidades.”
 (Paul Singer. 2014)



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quarta-feira, 5 de março de 2014

Paul Singer ressalta a economia solidária como uma resposta à contradição capitalista

Luta de classes
(Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo em 13/01/2014)

Desde que a presidenta Dilma Rousseff denunciou a “guerra psicológica” que estaria sendo travada contra os esforços de seu governo para acelerar o crescimento da economia brasileira, os adversários acirraram suas críticas à política econômica vigente, tornando o debate sobre essas questões um dos mais importantes pomos de discórdia que animam os embates entre os candidatos à Presidência nas próximas eleições.

É interessante observar como esses debates –travados num país como o nosso, em pleno emprego há cinco anos– não se distinguem na essência dos debates travados na maioria dos países capitalistas que são democráticos. Nestes países, quase sempre o desemprego é o mais importante problema social, causa de profundo sofrimento dos que se sustentam mediante trabalho assalariado, tanto dos que têm emprego e temem perdê-lo como dos que foram demitidos e enfrentam grandes dificuldades em conseguir outro.
Isso se aplica tanto a países tidos como “falidos”, como a Grécia e outros da periferia sul da Europa, como aos Estados Unidos e outros que hospedam poderosas multinacionais financeiras e utilizam seu poderio político-econômico para impor a países esmagados por portentosas dívidas públicas ruinosas políticas de “austeridade”, cujo efeito é produzir recessões sucessivas, que ampliam o desemprego e a desgraça dos que não são donos de empresas nem sequer de instrumentos de trabalho que lhes permitiriam ganhar a vida por conta própria.
A maior parte das divergências que atualmente alimentam as controvérsias giram ao redor da questão do emprego e do tamanho e destino do gasto público e de como o ônus dele decorrente é repartido entre as classes sociais que compõem o universo dos contribuintes.
Ao lado desses dois temas, aparecem assuntos correlatos: como os ganhos de produtividade do trabalho são repartidos entre lucros e salários, como a inflação responde ou não aos aumentos de salários e como a valorização cambial da moeda nacional afeta as exportações e as importações.
A base da maioria dessas controvérsias está no tamanho do poder do Estado em controlar e conduzir a economia nacional, tendo por objetivo atender mais ou menos as reivindicações da maioria pobre da população, que constitui também a maioria do eleitorado.

A classe dominante é formada pelos capitalistas que têm por objetivo a sua “liberdade” de fazer o que quiserem com o câmbio, com a localização geográfica de seus investimentos, com os preços e juros que eles cobram dos clientes. Para tanto, eles reivindicam a exclusão do Estado da arena econômica.
A esse respeito, os interesses dos capitalistas e das classes trabalhadores não podem deixar de se contrapor. O povo trabalhador depende das políticas ditas “sociais” que tomam a forma de serviços públicos essenciais: saúde, segurança, transporte, energia, telecomunicações, educação de crianças, jovens, adultos e idosos, habitação social, previdência, cultura etc.
Embora os serviços públicos estejam à disposição de toda a população, somente os pobres dependem deles. As classes abastadas não os usam, porque quase todos eles têm como contraparte serviços análogos prestados por empresas capitalistas privadas.O entrechoque de interesses fica flagrante no caso do transporte urbano: o espaço de circulação é disputado por automóveis de passageiros e ônibus e outras modalidades de transporte público.
A mesma disputa fica tristemente óbvia quando os porta-vozes da classe capitalista encenam campanhas contra o tamanho dos impostos, quando todos sabem que o SUS, o Sistema Único de Saúde do qual dependem os trabalhadores, carece de meios para curar e salvar vidas porque o Orçamento do governo federal não dispõe de recursos para tanto.
A luta de classes até o fim do século passado se travava entre liberais extremados, conhecidos como neoliberais, e partidários de diferentes socialismos então sendo praticados em diversos países. Atualmente, a maioria desses socialismos “realmente existentes” não existe mais. A plataforma dos críticos e adversários do capitalismo hoje é inspirada tanto no marxismo como em autores profundamente comprometidos com a democracia como Keynes, Gramsci, Karl Polanyi, Rosa Luxemburgo e Baruch Spinoza.
O que atualmente surge como alternativa mais significativa ao capitalismo é a economia solidária, praticada por setores organizados em movimentos sociais em todos os continentes, geralmente sob a forma do cooperativismo. A economia solidária é um modo de produção que surgiu nos alvores da primeira revolução industrial, no início do século 19, na Grã-Bretanha e na França, como reação aos salários miseráveis pagos então aos operários, operárias e crianças nas fábricas por jornadas extenuantes de 15 ou mais horas.Ocorrendo conflitos com os patrões, os grevistas eram despedidos e, em reação, formavam suas próprias oficinas, uma vez tendo aprendido os segredos do ofício.
Desse modo surgiram as primeiras cooperativas de trabalho, empresas pertencentes aos trabalhadores, que as administravam coletivamente, cada sócio tendo um voto nas assembleias em que as decisões eram adotadas. Os ganhos resultantes do trabalho comum eram repartidos por critérios de justiça distributiva entre os sócios, adotados por maioria ou unanimidade nas assembleias.
Esse modelo aperfeiçoado pelos Pioneiros de Rochdale, em 1844, continua sendo praticado, com aprimoramentos de todas as filiadas à Aliança Internacional de Cooperativas, inclusive as agrárias, de consumo, de crédito, de moradia e de diversas outras modalidades.
Hoje, 170 anos depois, o cooperativismo surge como um modo de organizar atividades de produção, comércio justo, poupança e crédito, consumo consciente e responsável e sob a forma de movimento social dedicado à luta contra a miséria e naturalmente como alternativa ao modo de produção dominante – o capitalismo. Com a difusão da democracia como modelo de normalidade política, a economia solidária torna-se cada vez mais atraente para os que almejam igualdade e justiça para suas comunidades.
Os seus partidários defendem em geral políticas econômicas inspiradas pelo keynesianismo, cujo objetivo maior é o pleno emprego e a eutanásia do rentista, o que significa o fim da hegemonia global do capital financeiro, que é o maior responsável pelas frequentes crises internacionais, das quais os trabalhadores são as principais vítimas. O trágico fiasco que precipitou o fim pacífico da maioria dos regimes ditos comunistas abriu um imenso vazio ideológico, político e, por que não, ético que o novo papa Francisco começa a preencher em nome da Igreja Católica.
Por tudo isso, reconhecer a pancadaria ao redor de nossa política econômica como luta de classes é necessário para que o público que vai decidir essa parada nas urnas não seja levado a pensar que se trata de uma contenda entre peritos (experts em inglês) e jovens ingênuos que pouco entendem do que está em jogo. Os que reagimos aos excessos do neoliberalismo temos em vista, acima de tudo, preservar e enriquecer a democracia em nosso país, como garantia de que a luta por uma sociedade mais justa poderá prosseguir até que seus frutos possam ser usufruídos por todos.
PAUL SINGER, 81, é Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego.